A utilização de Big Data e Inteligência Artificial no mundo acadêmico está ganhando cada vez mais espaço. Enquanto no princípio essas tecnologias se mostravam promissoras para análises de dados de empresas e desenvolvimento de aplicações digitais, agora as fronteiras já estão se expandindo para a pesquisa científica.
Uma equipe liderada pelo engenheiro Edgar Dutra Zanotto, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), está realizando avanços importantes na busca por novas combinações de materiais e estruturas, utilizando Inteligência Artificial aplicada a Big Data.
Basicamente dois fatores estão permitindo esse avanço: o aumento na quantidade de dados disponíveis (juntamente com recursos computacionais potentes) e as técnicas modernas de reconhecimento de padrões e exploração de combinações provenientes da IA. A tecnologia está permitindo simulações reais de estruturas químicas virtualmente, sem a necessidade de uma simulação física envolvendo os materiais, acelerando muito o processo de descobrimento de estruturas potenciais.
Um dos algoritmos que está sendo utilizado na pesquisa é o Random Forest, que tem alcançado desempenhos de cerca de 7,5%, similar ao nível de incerteza das medidas experimentais.
É motivo de orgulho saber que o Brasil está participando dessa revolução.